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Despedidas

  • Foto do escritor: Vanda Paulino
    Vanda Paulino
  • 9 de jan. de 2022
  • 1 min de leitura

As despedidas assustam. Sinónimo de perda física, de desapego forçado, de lágrimas que queimam, de saudade que aperta. Habituamo-nos à existência de um amanhã, a um futuro que damos por garantido, à equivocada perspetiva da eternidade. As despedidas assustam quando as (in)certezas da morte nos atropelam a vida. Doem. Dilaceram. Entristecem. Culpabilizam. Os sonhos perdidos, os planos interrompidos e o tempo ido são a lembrança da própria morte e aqui reside a dificuldade na aceitação. Aceitar que um dia todos partimos pode ser angustiante e muito doloroso. Mas também há quem torne as despedidas leves, brilhantes e acolhedoras, quem transforme o salgado sabor das lágrimas em doces sorrisos e a incredulidade da tristeza numa saudosa aprendizagem. Há quem desconstrua a dificuldade da aceitação numa calma realidade. Todos temos uma certeza na vida. A morte. E a forma como a encaramos dá um sentido maior à vida. Há despedidas que embora assustadoras são avassaladoramente gratificantes. Há pessoas que iluminam o nosso caminho de uma forma tão bonita que se torna impossível não nos despedirmos dessa vida com o devido merecimento. Leves, Sorridentes e Gratos. Pela passagem dessas pessoas maravilhosas na nossa vida, que nos deixam tantas memórias boas e ensinamentos redobrados. Seres de Luz que se cruzam conosco e que sempre nos acompanharão no coração.

Hoje é uma despedida. Triste mas alegre. A antítese perfeita para um senhor, animal de nome, santo por vocação e brincalhão por natureza. E uma certeza eu tenho porém. A certeza de que as bolotas enquanto forem bolotas, rebolarão pelas carruagens de um qualquer comboio, ao som de um riso malandro mas muito sincero.

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