Barragem de Montargil
Chegamos ao final da tarde. Corria uma brisa fresca e por isso a temperatura soou substancialmente mais baixa, bem diferente dos mais de 30ºC sentidos na semana anterior. Junho apresentou-se chuvoso, ventoso e resmungão mas como o tempo rodopia de forma semelhante à velocidade e movimento de uma montanha russa, levamos na mala, roupa para as várias estações do ano, não fosse caso de termos nova oscilação de termómetros. No rescaldo das alterações pandémicas vividas, preferimos escolher refúgios mais descontraÃdos e tranquilos. O Chalet do Lago, em Montargil, concelho de Ponte de Sor, foi o local elegido para escapar à rotina. Fomos recebidos de forma extremamente simpática, num local imensamente aprazÃvel, onde o ruÃdo mais caracterÃstico e audÃvel é emitido por um galã extravagante que passeia pela propriedade descontraidamente. O pavão, dotado de uma extrema beleza, reconhece o espaço como sendo seu. A ele juntam-se outros animais. Podemos alimentar os cavalos ou a cabrinha junto à vedação, para tal temos sempre erva fresca à disposição para lhes proporcionar um belo repasto. Ainda fizemos festas ao cão pachorrento que dorme grandes sestas na entrada da receção e avistamos ainda um gato fugidio em busca de comida. Na varanda, ao pôr do sol, contemplando o bonito lago artificial, ótimo para tomar um banho, sobretudo quando as temperaturas assim o permitem, ouvindo um silêncio ruidoso, sentimos uma imensa paz. A envolvência verdejante é marcada pelos sobreiros, pinheiros e pelo piso relvado . As camas de madeira dispersas do outro lado do lago atraem-nos aos descanso. O chalet tem tudo o que precisamos para o considerarmos nosso durante a estadia. Uma pequena casinha confortável e acolhedora. Dentro da herdade, as caminhadas são perfeitas para nos deslumbrarmos com as imensas variedades de flores campestres, abelhas, borboletas e outros insetos que por ali coabitam em perfeita harmonia. Fora da herdade, a paz e o sossego proporcionados pela paisagem recortada em diferentes tonalidades de verde, pela magia espelhada na água do rio, pelo vento ensurdecedor, pelos caminhos de terra ladeada de flores secas e pelo aconchego do pôr do sol ao final da tarde, arrebatam a vontade do regresso. Aqui respiramos ar puro, encontramos o carinho do abraço, suspiramos as saudades e desvanecemos os dias de cansaço.
A estadia breve, sem perder o famoso pão com chouriço quentinho ou a pizza deliciosa saboreada na margem do lago, foi deliciosa. Convidativa à permanência na hora de partir ou ao regresso genuÃno na vontade de voltar.
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