Dedaleira
- Vanda Paulino
- 10 de mai. de 2021
- 1 min de leitura
Atualizado: 21 de mai. de 2021
Sou apaixonada por flores.
Poderia pensar-se que a paixão tinha crescido no decorrer do curso de Biologia, no entanto foi a vertente animal a escolhida para concluir a licenciatura. Mais tarde, percebi o meu equívoco. A curiosidade na observação das plantas e das flores que delas brotavam, manteve-se ao longo dos anos e atualmente um dos hobbies favoritos, além de produzir peças com flores secas, é fotografar flores no seu ambiente natural. A Primavera é a melhor estação para documentar estes seres vibrantes, de diferentes cores, texturas e tamanhos, e é nalguma Serra ou Parque Natural que encontro o maior conforto em retratá-los.
Esta, talvez pelo nome sugestivo, tão fortemente ligado à arte de bordar, outra das minhas paixões, ou pela cor forte e adereços sarapintados no seu interior, cativou-me ao trilhar os percursos do Parque Natural Sintra - Cascais. Conheci-a ainda na faculdade, ficando fascinada com as suas propriedades medicinais e características genéticas. Reconheci-a, ao longo dos anos, em jardins e matas mas foi aqui, no Parque Natural, ao redor de Sintra que encontrei uma floresta cor de rosa de dedais. Digitalis purpurea é o seu nome científico, Dedaleira, Erva dedal, Abeloura ou Digitalina são alguns dos seus nomes comuns e pode ser encontrada em floração de Abril a Setembro, variando na coloração e quantidades de pintas no interior. Sendo uma planta altamente tóxica para o ser humano, é preciso especial atenção no seu manuseamento. Contudo, é das imagens mais bonitas, percorrer os caminhos pedestres deste Parque Natural verdejante e frondoso salpicado de um rosa alegre e intenso.

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