Pego da Rainha, Barragem de Pracana e Castelo Velho de Zimbreira
Domingo de Verão. Sol, muito calor e necessidade de alguma tranquilidade, mas cuja necessidade seria de absorvê-la fora de casa. "Quão longe queres ir?" pergunta-me ele. Na verdade, tenho dias em que pretendo sair de casa na mesma proporção da apatia que sinto para o fazer. Não queria percorrer demasiados quilómetros mas ansiava por natureza, água, quietude e placidez. Encontrei tudo o que necessitava. Aliás, ambos encontramos, algures no centro do nosso paÃs.
O Pego da Rainha, situa-se no concelho de Mação, próximo da aldeia de Zimbreira.
A lenda narra a história de uma rainha que se banhava na piscina natural mesmo por baixo da queda de água. Pressupõe-se que Sua Alteza Real apenas tomaria banho num local paradisÃaco. E assim é. Definição merecida. Inigualável. IdÃlica. Alimentado pela ribeira com o mesmo nome da aldeia, é formado por uma lagoa e uma cascata de cerca de 3m. Encontram-se vestÃgios de um antigo moinho junto à cascata e subindo o trilho pedestre que o ladeia deparamo-nos com a sombra de árvores frondosas, mesas de piquenique, vegetação verdejante, borboletas e pássaros a chilrear. ParadisÃaco? Bastante. Um oásis verde inserido num vale profundo e denso onde impera a beleza e tranquilidade da natureza. Depois da lagoa, a ribeira serpenteia o seu curso até encontrar o rio Ocreza. Na penÃnsula de Pracana, estendemos uma manta junto à água e molhamos os pés. A água fresca acalmou o calor sentido. Deitados na manta observamos os grifos, em pares, que sobrevoavam a zona, os enormes cardumes de peixes junto à margem e contemplamos a vista. No silêncio encontramos respostas. Encontramos serenidade. Não fosse a necessidade de regressar, ficarÃamos mais tempo, porque ali o tempo é constante e imperecÃvel. No caminho de regresso, procuramos ruÃnas que não achamos. No seu leito, encontramos uma eólica, uma torre de vigia, um marco geodésico, um cão ávido de atacadores de sapatilha e aspirante a jogador de basquetebol e uma paisagem de cortar a respiração, pelo seu encanto, dimensão e espetacularidade. Não achamos as ruÃnas mas encontramos no Castelo Velho da Zimbreira a sua imponência, mesmo na falta das suas paredes.
![]() | ![]() | ![]() |
---|---|---|
![]() | ![]() | ![]() |
![]() | ![]() | ![]() |
![]() | ![]() | ![]() |